domingo, abril 16, 2006

Nunca Mais

Foi-se a vontade por seu corpo,
onde nutria-me do mais profundo desejo.
Essa caverna de sorrisos,
de amores, latejo.

Essa lapa que matava minha sede,
me alimentava.

Nela me encontrei,
te encontrei.

Por ali suspirava.
Caminhando entre sua penugem,
sentia expelir.

Por ali,
acolhedora e acolhida.
Divertida, contente.

Eis que surgem as marcas.
Que ficaram, décadas enfurnadas.

Desabrocham as dores,
que viviam como flores naquele jardim.

A gruta de amores,
que por tantas me fez feliz;
Pôs-se oposta.

E se tornou minha cova.

1 Comments:

Blogger José Marcelo Moraes said...

forte.

todos nós possúimos nossas cicatrizes causadas pelo amor. e ás vezes elas nos possuem.

zé marcelo

16:41  

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