terça-feira, abril 18, 2006

joaquim silva


essa ânsia que invade de repente.
mostra uma beleza latente,
e me guia na estrada escura em sua direção.

o domínio do risco, da cólera.
desonra.

tenho que ir; ela espera.
- o que seria de mim sem ela?
que me presenteia:
despeja em meu colo essa beleza singular.
enigmática.

me faz extravasar.
enlouquece-me com sua graciosidade,
e decadência.

ela me atira à sujeira;
nos tornamos uma.

trago-a na alma.

me esfrego,
me arrasto,
me mancho inteira.

lambuzo-me da sua malícia.

deito em seu leito,
e embreago-me entre suas curvas.
me consagro na sua geografia.


essa volúpia que me mata e me faz viver.

- o que seria de mim sem ela?
a Joaquim Silva, bela.
a nossa rua,
dona da mais saborosa insanidade.

onde me farto de mim mesma
e dela.

3 Comments:

Blogger Renato Ribeiro said...

Parabéns...andava por ai a viajar no mundo dos blogs...e parei aqui!!! Simplesmente adorei os poemas...muito bom!!!
Se quiser pode dar uma vista de olhos no meu blog, seria um prazer: www.galeriarenato.blogspot.com

23:55  
Blogger Eduardo Politzer said...

as ruas são quietas e caladas sem a presença dos homens e seus carros

23:22  
Blogger Larissa Marques - LM@rq said...

Obrigada por sua visita, seu espaço também está maravilhoso, e continue me visitando, adoro contatos literários! Beijos!

08:08  

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